terça-feira, 14 de março de 2017

Restauração da Torre Medieval de Cádiz: Atentado ou preservação do patrimônio?


  • Traduzido por Joanna Helm

  • Em 2011, após o colapso parcial da Torre Medieval do Castelo de Matrera em Villamartin, Cádiz (datado do século IX dC), decidiu-se finalizar a restauração do projeto, com o objetivo de controlar o risco de colapso total e evitar assim, a destruição dos poucos itens que ainda restavam.
    O desafio da execução do projeto de restauração ficou à cargo do arquiteto espanhol Carlos Quevedo Rojas, cujo projeto foi aprovado pela Junta da Andaluzia em conformidade com a Lei Andaluz de Patrimônio Histórico, que proíbe tentativas de reconstrução mimética e  que exige o uso de materiais que se diferenciem dos materiais originais da obra.
    Segundo o arquiteto: "Esta intervenção pretende atingir três objetivos básicos:  consolidar estruturalmente os elementos emergentes em risco; diferenciar a intervenção adicionada ao item original (evitando as reconstruções miméticas que são proibidas por Lei) e recuperar o volume, textura e tonalidade que tinha a torre originalmente. Sendo, portanto, uma realidade aparentemente antagônica, a essência do projeto não se destina a ser, portanto, uma imagem do futuro, mas sim um reflexo de seu próprio passado, de sua própria origem ".
    A controversa restauração não só gerou uma ampla discussão internacional sobre a restauração do patrimônio, mas será levada para a Comissão da Cultura do Parlamento de Andaluzia pelo grupo  Izquierda Unida, para ver se este era o resultado esperado pelo Ministério da Cultura. Por outro lado, o edifício que antigamente recebia visitas esporádicas hoje tornou-se a nova atração turística da região.
    Por que essa restauração tem causado tanta controvérsia? É realmente um "atentado patrimonial", como chamaram os meios de comunicação? Você acha que poderia ter sido feito de melhor maneira?
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    (Atualização) À princípio o artigo  se mencionava que a restauração utilizava uma técnica baseada na anastilose. Segundo o autor, em Matrera foram reutilizadas pedras (calcárias) existentes para a construção dos contrafortes e volumes de consolidação, mas não foi re-definida cada pedra no seu lugar original, então não é exatamente um anastilose.














    Crédito das imagens: do site Archdaily

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