quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Santa Cruz (RS) terá novo acervo colonial

Um espaço que convida o visitante a embarcar em uma viagem no tempo. Lá é possível visitar uma cozinha com artefatos de 1860 e, em poucos passos, avistar uma sala com móveis de 1930. Penteadeiras, louças, bíblias e muitos quadros. É possível encontrar de tudo um pouco. Desativado desde fevereiro deste ano, o acervo privado do Museu Colonial de Emigdio Henrique de Campos Engelmann, localizado em Sinimbu, em breve voltará a receber visitas. Desta vez, em Santa Cruz do Sul.
O lugar, que guarda memórias de muitas gerações, fica junto à Pousada Engelmann. Em 1933, seu avô, Henrique Engelmann Sobrinho, deu início às primeiras hospedagens para veranistas. Antes disso, o lugar já recebia tropeiros que desciam a Serra para vender produtos em Santa Cruz e Rio Pardo. O local também abrigou um Clube de Atiradores de Sinimbu. No entanto, entre 1965 e 1998, a pousada esteve inativa. Quando voltou a receber veranistas, também se tornou conhecida pela preservação histórica e cultural, graças à criação do Museu Colonial.
Em fevereiro do ano passado, todos os imóveis que compõem a pousada foram alugados para um empresário porto-alegrense, que mudou a espécie de serviço desenvolvido. Para evitar o abandono do acervo, que reúne relíquias valiosas para a história e cultura da região, Engelmann fez uma proposta à Prefeitura de Santa Cruz, que, através de uma parceria entre as secretarias de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Ciência e Tecnologia e Educação e Cultura, aceitou.
Tudo começou como um hob-by de Engelmann, ainda na década de 90. Além de manter o acervo com objetos pertencentes a sua família, o santa-cruzense, que é chefe do Departamento de Informática da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), reuniu relíquias encontradas nos próprios prédios que abrigam a pousada e passou a recolher doações de moradores da região. O resultado foi uma linha extensa de móveis, utensílios de decoração, livros, armas, instrumentos musicais e muito mais. Entre eles, alguns muito peculiares.
Mediante um contrato de cedência por empréstimo à Prefeitura de Santa Cruz, os materiais serão transferidos ao município polo do Vale do Rio Pardo no início do próximo ano. “O prazo do contrato ainda será estabelecido, entre quatro e cinco anos, podendo ser renovado após esse período”, explica o atual proprietário das peças. Entre as exigências feitas ao poder executivo, que passará a ser o responsável pelas relíquias, estão seguro global sobre o acervo, manutenção das peças e catalogação, que hoje existe, mas é incompleta. Por Luisa Ziemann

Fonte: http://defender.org.br/noticias/rio-grande-do-sul/santa-cruz-rs-tera-novo-acervo-colonial/ 
















Relíquias ainda estão espalhadas por diversos cômodos de um prédio junto à Pousada Engelmann. Foto: Bruno Pedry


Nenhum comentário:

Postar um comentário