segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Consumo de drogas no vão livre do Masp preocupa moradores e turistas

Um símbolo da cidade que enfrenta dias difíceis é o Masp, o Museu de Arte de São Paulo, um dos museus mais importantes da América Latina.

Mas quem quiser admirar as mais de oito mil peças do seu valioso acervo, antes tem que ver imagens nada bonitas.
O vão livre, local de muitas reuniões e exposições, virou ponto de encontro de viciados. E tem gente defendendo que o local seja cercado.
O Masp, que fica na Avenida Paulista, ícone do poder econômico da maior cidade do país, se transformou em ponto de consumo de drogas.
Os usuários de maconha e crack se reúnem no vão livre em plena luz do dia.
Recentemente, ganharam a companhia de moradores de rua.
O prédio do museu, que abriga um dos acervos mais ricos do mundo, serve como um teto de luxo para quem não tem onde morar.
Agora em novembro, a visita de escolas a uma mostra fotográfica no vão livre, foi suspensa e a própria exposição quase foi cancelada.
Segundo o organizador da mostra, os visitantes e os monitores não aguentaram o assédio dos moradores de rua e dos usuários de drogas que frequentam o lugar.
A Polícia Militar afirma que já intensificou as rondas e reforçou as patrulhas a pé na região. Nada que tenha mudado a percepção sobre o que acontece por aqui.
“Acho muito ruim porque aqui é um ponto turístico de São Paulo”, diz um morador.
“Se bem no cartão postal da cidade é isso, imagina nos arredores da cidade o que rola, né?”, questiona outro.
Para a ONG Paulista Viva, não basta aumentar o número de policiais no local.
“A gente realmente vê os policiais aqui presentes. Talvez a ação do poder público no que se refere à segurança pública deva ser mais efetiva“, diz Antonio Carlos Franchini Ribeiro, presidente da Associação Paulista Viva.
Uma proposta de fechamento do vão livre vem ganhando força na cidade, mas para que isso avance seria necessária a aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, já que o prédio é tombado.
Para o curador coordenador do Masp, é preciso rediscutir o vão livre.
“O vão livre foi projetado numa época em que era outra São Paulo: muito menos visitantes, muito menos moradores, um outro espírito totalmente diferente”, avalia José Roberto Teixeira Coelho.
Em nota, a prefeitura diz que, desde o fim de semana, passou a manter uma patrulha da guarda civil metropolitana 24 horas por dia no Masp. E que vai procurar a Polícia Militar para discutir uma ação integrada para garantir a segurança da população no local.

Também por meio de nota, a PM afirma que os soldados agem sempre que observam aglomeração de pessoas em atitudes suspeitas.

Fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/12/consumo-de-drogas-no-vao-livre-do-masp-preocupa-moradores-e-turistas.html 



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