terça-feira, 13 de agosto de 2013

Instituto luta para preservar prédios históricos em Caruaru

A arquitetura do século passado quase não tem mais espaço nas ruas de Caruaru, no Agreste pernambucano. Novas edificações têm transformado em poeira prédios comerciais e casas residenciais que conservavam imagens de um tempo cada vez mais distante.
O Instituto Histórico de Caruaru (IHC), criado em 2008 para tentar preservar o pouco que restou das edificações, contabiliza hoje apenas oito bens tombados no município. Na Rua 15 de Novembro, no Centro da cidade, é difícil encontrar prédios mantenham a concepção original intacta.
Para o historiador Walmiré Dimeron, não houve, ao longo das décadas, uma preocupação do poder público para catalogar e, posteriormente, tombar as construções de época da cidade. "Infelizmente, não existe uma consciência de preservação e o setor de cultura é o primo pobre do orçamento. Quando se trata de patrimônios históricos a situação é pior”, relata Dimeron. Atualmente, o Armazém Martins Sá e a Casa Museu de Mestre Vitalino são poucos exemplos de estruturas que ainda não foram tocadas pelas reformas.
Composto por pesquisadores e profissionais liberais, o IHC tem contado com doações de colecionadores de antiguidades para armazenar, em uma das salas da estação ferroviária (desativada desde meados dos anos 1990), resquícios da memória municipal.
Walmiré Dimeron, que também é integrante da diretoria do IHC, teme que as poucas construções erguidas em tempos remotos também desapareçam. "É muito triste ver que as obras que contam a história da nossa cidade estão sendo engolidas pela modernidade. O IHC se esforça para preservar. Emitimos ofícios para autoridades, fiscalizamos as obras tombadas, solicitamos restauros em algumas prédios. Nem sempre nossas solicitações são atendidas, mesmo assim não desistimos", diz.
Na luta contra o descaso com o passado, o Palácio Episcopal, erguido no fim do século 19, permanece de pé. O espaço já foi usado como hospital e sede da prefeitura, até ser transformado na residência do bispo diocesano. Um dos raros monumentos reaproveitados pelo município é o antigo Mercado de Farinha, transformado no Memorial de Caruaru. Outros monumentos tombados da cidade são o Cemitério São Roque, a Estação Ferroviária e a fachada da Rádio Difusora.

Fonte: http://g1.globo.com/pe/caruaru-regiao/noticia/2013/08/instituto-luta-para-preservar-predios-historicos-em-caruaru.html 


















Prédio da Martins Sá sobrevive no Centro de Caruaru (Foto: Antônio Valdevino/TV Asa Branca)
















Palácio Episcopal foi tombado (Foto: Ândrica
Virgulino/G1)

















Igreja da Conceição permanece de pé no Marco
Zero (Foto: Ândrica Virgulino/G1)


  















Catedral da Matriz foi reformada e é preservada pelo instituto (Foto: Ândrica Virgulino/G1) 

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