sábado, 15 de junho de 2013

Requalificação do Museu Histórico e Cultural de Jundiaí, SP

Desenvolvido pelo escritório paulistano Aum Arquitetos, o projeto de intervenção no Museu Histórico e Cultural de Jundiaí conquistou o Prêmio IAB/SP 2012 na categoria patrimônio histórico - requali ficação e restauro. O casarão foi construído na segunda metade do século 19 e tombado em 1970 pelo Condephaat, órgão estadual de preservação do patrimônio.
 
O Museu Histórico e Cultural de Jundiaí funciona desde 1965 em um casarão de 1862, conhecido como Solar do Barão e erguido de frente para uma praça na região central da cidade.
 
Apontado como uma das primeiras casas urbanas da elite jundiaiense, ele tem características das sedes de fazenda do ciclo do café e pertenceu a Antônio de Queiróz Telles, o barão de Jundiaí. O equipamento é administrado pela prefeitura e atrai a população pelo acervo, pela programação musical que apresenta e também pelo jardim arborizado que ocupa o miolo de quadra por trás da construção.
Em 2012, a diretoria da instituição investiu em um novo plano para potencializar o uso do espaço, o que implicou a necessidade de um projeto para restaurar e ampliar o museu. A responsabilidade coube ao escritório Aum Arquitetos, que propõe uma intervenção em etapas, a começar por reparos de patologias da construção, valorização dos elementos internos autênticos e implantação da infraestrutura necessária para transformar as instalações em um espaço expositivo contemporâneo e com maior capacidade de público.

Entre as alterações previstas está uma de pequeno porte, porém bastante signifi cativa, para transformar o acesso lateral já existente em entrada principal. “Assim não será mais necessário passar por dentro do museu para chegar ao jardim e ambos poderão ter funcionamento independente”, comenta André Dias Dantas, um dos autores do projeto.

A entrada conduzirá a um passeio que, na mesma cota da rua, atravessará o jardim até um novo bloco construtivo, com auditório no térreo e sala de múltiplo uso no pavimento superior. Para tirar proveito da paisagem, tanto o foyer como a ligação coberta entre o auditório e o casarão serão vedados por vidros.

Também é previsto um volume nos fundos do lote para abrigar reserva técnica e instalações para funcionários. Todas as árvores existentes serão preservadas. De acordo com Dantas, o trabalho está na fase de contratação de projetos complementares e ainda não há data prevista para o início das obras.

Publicada originalmente em PROJETODESIGN
Edição 397 Março de 2013
 
 
 
 
 

Um comentário:

  1. O projeto ganhou premio do IAB/SP - o juri por desconhecer o local e seu entorno, deu o prêmio. O projeto cria uma galeria de passagem entre a rua Barão de Jundiaí e a Rangel Pestana - Galeria também existente a menos de 100 metros do local - A Galeria Bochino e a menos de 200 metros da Rua São José, fazendo as mesmas ligações - o projeto por falta de conhecimento histórico dos arquitetos, demoliu a área do escritório provisório que Ramos de Azevedo utilizou durante a reforma da Igreja Matriz de Jundiaí. (a)João Borin

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