domingo, 17 de fevereiro de 2013

Chuvas aumentam riscos de desabamentos em casarões históricos

Com o aumento das chuvas, aumenta também a preocupação com a situação dos casarões no centro histórico de são luís. Muitos estão em péssimo estado de conservação e necessitam de obras emergenciais. Em alguns casos, os moradores sabem dos riscos, mas mesmo assim, não querem sair do local.
As escoras de madeira ajudam a estabilizar o que ainda resta do prédio colonial. Tudo para evitar que ele seja arruinado e, assim, enterre uma riqueza única. Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mais de 5 mil imóveis antigos no centro histórico de São Luís são tombados pelo patrimônio nacional. Uma pequena parte (10%) pertence ao setor público. A maioria (90%) é particular. E os riscos mais graves de desmoronamento estão justamente nos casarões que têm donos.
“É obrigação do proprietário. Ele é o dono da casa. Ele que tem que fazer as obras de conservação preventiva, observar os telhados, já que em São Luís chove muito durante uma época do ano. Mas infelizmente o que ocorre é que na maioria das vezes o imóvel é abandonado”, disse a superintendente do Iphan no Maranhão, Kátia Bogéa.
O risco de desabamento é iminente em vários pontos, durante todo o ano. Mas é quando chegam as chuvas que o perigo se agrava!
Uma característica comum nesses casarões coloniais são as paredes, que não foram erguidas com concreto, mas com pedra e barro. Por isso, as infiltrações são inimigas desse tipo de construção.
A preocupação dos órgãos de proteção à vida, como a defesa civil, aumenta neste período. Segundo a prefeitura da capital, dos sete prédios em maior risco, dois já foram desapropriados. Nos outros cinco, vivem inúmeras famílias, que não querem sair do local. Os imóveis são conhecidos como cortiços.
“nós não podemos forçar, tirar ninguém à força de onde mora. Mas pelo momento crítico em que nos encontramos, nessa época de chuva, nós encaminhamos uma lista desses prédios mais ameaçados ao Ministério Público”, explicou a superintendente da defesa civil municipal, Elitânia Barros.
O trabalho das equipes da defesa civil municipal tenta vistoriar os imóveis, mas o trabalho dos técnicos é dificultado nas ruelas seculares.
O dono de um casarão, onde moram seis famílias, fez alguns reparos emergenciais no telhado, sugeridos pela defesa civil. Mas ele alega não ter condições de reformar todo o imóvel, que tem rachaduras e tábuas soltas no assoalho.
De acordo com o Iphan, os donos desses casarões agora têm apoio do governo federal para cuidar do patrimônio. “O PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] Cidades Históricas traz essa carteira de ação junto à Caixa Econômica, onde o proprietário do imóvel tombado vai pode solicitar empréstimos para a recuperação desses imóveis”, afirmou Kátia Bogéa.
A defesa civil está concluindo o laudo técnico, que será encaminhado à Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania e seguirá para a procuradoria geral do município, para tomar as medidas necessárias.

Fonte: http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2013/02/chuvas-aumentam-riscos-de-desabamentos-em-casaroes-historicos.html 

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