sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Teatro de Epidauro - Grècia

O vilarejo de Epidauro, próximo da cidade grega de Corinto, na época da construção do teatro, era um importante entreposto comercial e religioso.
Construído na primeira metade do século IV a.c, pelo escultor e arquiteto grego Policleto, o Teatro de Epidauro se caracteriza pela notável acústica, que permite que um simples e discreto estalo com os lábios ou um pequeno suspiro seja ouvido até a última de suas vinte fileiras, ou, ainda, que os eventuais treze mil espectadores (essa é a capacidade atual do teatro) não perca um único fragmento de tais sons. Exagero? Não! Quando o homem usa sua inteligência para o bem, ele é capaz de feitos grandiosos, onde inúmeras gerações se lembrarão, com nostalgia, de todos os seus maravilhosos feitos.
Os estudiosos atribuem ao formato semicircular e anfiteatral do teatro de Epidauro essa excelente acústica. Os sermões realizados por Jesus Cristo a grandes multidões são capazes de atestar tal feito, visto que eles eram realizados, muitas vezes, em anfiteatros naturais, como encostas de colinas.
O acentuado declive em que as fileiras de assentos são dispostas faz com que a distância do palco às fileiras superiores seja reduzida, não permitindo que o som se enfraqueça até chegar às fileiras superiores. A isonômica dispersão do volume deve-se, também, ao fato de que as fileiras são corretamente distribuídas. A boa qualidade do mármore usado, a propagação do som após bater na superfície dura e compacta da orquestra, o silêncio e a brisa suave também contribuem para a perfeita acústica.
O Teatro é divido em partes: a orquestra, uma área circular e plana, circundada por uma faixa estreita de mármore, onde se realizavam as danças e o coro e, por trás dela, o palco, onde, atualmente, só restam as fundações. O chão é de terra batida e, no seu meio, há um altar. No começo, os atores se apresentavam para a platéia na orquestra e utilizavam, como cenários, pranchas triangulares e giratórias colocadas em todo o perímetro do teatro. Só depois é que o elenco passou a se apresentar no palco, fixando os cenários nas paredes do mesmo.
Festivais da fertilidade comemoravam a colheita, a vindima, a inexorável perspectiva da morte e a renovação da vida e, contemporâneo a esses festivais, surgiu o drama. As orgias, como também eram conhecidas tais festividades, eram consagradas a Dionísio, o mítico deus grego do vinho e da fertilidade. Como parte das celebrações havia as histórias, onde, a partir daí, estabeleceu-se três tipos de narrativa: a tragédia, a comédia e a sátira, as quais tinham forte apoio dos governantes locais com vistas a fortalecer seu poderio político.
As peças, de modo geral, eram compostas por um coro composto por, mais ou menos, 10 ou 15 pessoas e atores que, em cada cena, encarnando seus personagens, não passavam de três. Como sinônimo de "aqueles que respondem ao coro", os atores eram chamados de hipokritay que, como sabemos, passou a adjetivar, metaforicamente, aquelas pessoas que agem de uma forma, mas conduzem suas vidas de forma completamente oposta aquilo que, fervorosamente, defendem.
O Teatro de Epidauro foi, no decorrer do tempo, coberto pela vegetação local, as colinas ondulantes e os oliveirais. Tal fato o fez ficar conservado por todo esse tempo. Nada mais, nada menos, que seis metros de solo o protegeram por esse longo período. Foi apenas no século XIX que um arquiteto grego, chamado Panagis Kavadias, aguçado pela descrição do geógrafo grego Pausânias acerca do monumental esplendor arquitetônico do teatro de Epidauro, o redescobriu sob as já citadas colinas, mais precisamente em 1881.
Após a descoberta, seguiram-se seis anos de escavações e muito trabalho árduo, findos os quais fez ressurgir o imponente teatro, quase intacto.

Fonte: http://pablodiogo.blogspot.com/2010/09/o-exuberante-e-engenhoso-teatro-de.html





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Tombamento do Centro Histórico de Antonina - PR

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural na sede do Instituto do Patrimônio Histórico de Artístico Nacional - Iphan, em Brasília, aprovou nesta quinta-feira, dia 26 de janeiro, o tombamento do centro histórico de Antonina, no litoral do Paraná. De acordo com o parecer técnico elaborado pelo Iphan, a área tombada materializa os processos de ocupação territorial no Sul do Brasil, particularmente no Paraná, e está diretamente ligada ao primeiro ciclo de exploração do ouro no país. O presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, lembra que Antonina já possui tombamentos isolados pelo governo estadual e a decisão do Conselho Consultivo proporciona “a inclusão de mais um agente, que é o Iphan, em todo um trabalho que já vem sendo realizado pela preservação do patrimônio cultural”.

O tombamento do conjunto histórico e paisagístico de Antonina integra a política do Iphan que visa ampliar as áreas protegidas e inclui o município no rol das cidades históricas do Brasil. A extensão do tombamento compreende o centro histórico da cidade e o complexo das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo (IRFM). Para o conjunto Matarazzo, será incentivada a continuidade da atividade portuária, por meio de diretrizes para ocupação da área, desde que sejam preservados e recuperados os imóveis remanescentes mais importantes individualizados no tombamento.

História
A região da Baía de Paranaguá foi uma das primeiras áreas exploradas pela Coroa Portuguesa na Região Sul do Brasil. Com sua extensa entrada para o continente, foi considerada um local estratégico para o controle da região e para a busca por índios e metais preciosos. A exploração de ouro na baía impulsionou o desenvolvimento inicial de Paranaguá, bem como das localidades vizinhas, como Antonina, Guaraqueçaba e Morretes.

As primeiras descobertas de jazidas em Minas Gerais, no início do Século XVIII, deflagraram o processo conhecido como “corrida do ouro” e fez com que as povoações formadas no litoral do Paraná voltassem suas atividades para a subsistência. Com a elevação de Antonina à categoria de Vila, em 1798, e com a reabertura dos portos brasileiros dez anos mais tarde, a disputa entre Paranaguá e Antonina pelo controle da atividade portuária se acirra. Como resultado deste embate político, o Caminho da Graciosa é reaberto para facilitar o escoamento da produção agrícola do interior do estado para o litoral.

A partir de 1820, com a implantação de engenhos de erva mate para exportação, o incremento de atividade portuária levou a um rápido crescimento urbano, com a abertura de novas ruas, a construção das igrejas de São Benedito e de Bom Jesus do Saivá, do primeiro trapiche e do mercado de Antonina. Obras para tornar o Caminho da Graciosa carroçável e a construção da Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, na segunda metade do Século XIX, intensificaram a comunicação entre Antonina e as demais cidades paranaenses.

A partir de 1914 houve um novo período de crescimento para a cidade, com o início das atividades das Indústrias Matarazzo. Devido à falta de investimentos, ao assoreamento dos canais da baía e ao progressivo aumento do calado das embarcações, a partir de 1930, o Porto de Antonina entra em decadência. Várias empresas fecharam as portas, levando a cidade, mais uma vez, à estagnação econômica. Em 1972 houve o fechamento das Indústrias Matarazzo e, em 1976, a desativação do ramal ferroviário Morretes-Antonina.

Paisagem natural
O ambiente natural de Antonina, formado pelas montanhas da Serra do Mar e pela Baía de Paranaguá, foi determinante para a implantação da cidade neste local e para a forma como se deu seu crescimento. Por esse motivo, Antonina foi descrita como pitoresca por viajantes que por ali passaram no Século XIX, como o engenheiro inglês Thomas Bigg Wither: "um lugarejo bonito e até pitoresco, situado, como está, entre a terra e a água, ao pé de gigantesca cadeia de montanhas, a Serra do Mar”.

A escala e porte de Antonina relacionam-se harmonicamente com o ambiente natural em que está inserida. Este conjunto preserva uma rara qualidade ambiental nas atuais cidades brasileiras e configura-se em potencial para seu desenvolvimento social.

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural
Também está na pauta da reunião do Conselho Consultivo em Brasília a proposta de tombamento dos centros históricos de Manaus, no Amazonas, e das cidades piauienses de Oeiras e Piracuruca. Os conselheiros também vão avaliar a proposta de Registro como Patrimônio Cultural do Ofício e dos Modos de Fazer as Bonecas Karajá. O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, presidido pelo presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros de instituições como Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus – Ibram e da sociedade civil.

Fonte Original da Notícia: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do;jsessionid=D7761DBB0FC4A61BA00BEEB3C32DF612?id=16419&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Rota dos Casarões em Sobradinho - RS

A Rota dos Casarões, localizada em Campestre, no interior de Sobradinho - RS, é local típico de colonização italiana.O ponto alto é a beleza da região e o resgate da herança cultural dos imigrantes italianos oriundo da região do Vêneto, norte da Itália.Esta rota resgata e valoriza os aspectos da cultura trazida por aqueles que chegaram no começo do Século XX e também se torna uma alternativa de renda para as famílias locais.
No passeio, além de ver os casarões onde viveram colonizadores e ainda vivem famílias de descedentes de imigrantes italianos, os visitantes podem andar de carroça, tirar água de poços e degustar produtos coloniais como vinhos, queijos, salames e biscoitos caseiros.O roteiro conta com cinco casarões, uma igreja e uma cantina de degustação de vinho na localidade de Campestre, a poucos quilômetros de distância do centro de Sobradinho.
Os casarões são propriedades particulares e recebem visitação de grupos de pessoas, mediante agendamento.A criação da Rota dos Casarões foi uma iniciativa do poder público, com o objetivo de fomentar o turismo rural, familiarizando as pessoas do meio urbano com a vida na zona rural.Com isso, as famílias envolvidas no projeto também passaram a ter uma alternativa de renda, isto com todas as vantagens de autoestima na promoção dos próprios valores, evidenciando a cultura de seus antepassados.

Os Casarões do Roteiro

Casarão Nilo Puntel
Construído em 1917 com porão de pedras irregulares unidas com barro e madeira tirada da mata nativa da localidade. É um exemplo da arquitetura do Vêneto, região norte da Itália.

Casarão Francisco Puntel
Construído em 1915, feito por Francisco Puntel e seus filhos. As tábuas da construção foram retiradas do mato e serradas a mão. No local, encontra-se o Museu da Tia Helena. O acervo expõe objetos usados pelos imigrantes italianos da localidade.

Sementes Cereta
Propriedade que produz feijão preto e industrializa sementes do produto cultivado nas terras da família. Conta com uma cantina de degustação de vinho e bolo de feijão.

Casarão dos Cella
Construção de 1900, feita com pedras e tijolos artesanais, unidos com barro. No interior da casa podem ser observados utensílios que eram utilizados pelos imigrantes italianos. No porão está a cantina, com vinho colonial, queijo e salame para degustação.

Capela La Consolata
A capela foi construída na terra doada por Pedro Piccin e inaugurada em 1919. Na visita ao templo é reproduzido o tiro de morteiro que na época era utilizado para chamar a comunidade para a missa.

Casarão Raminelli
Foi construído por Paulo Valentim Puntel e Mariana Puntel em 1922. Oferece aos visitantes café colonial, ao som de um coral cantando músicas italianas. O casarão conta ainda com venda de produtos coloniais. O visitante pode também andar de carroça.

Casarão da Família Lago

Construída em 1919, apresenta cozinha separada, retratando um costume da época.Na propriedade há também horta e jardins com flores e hortaliças que podem ser adquiridas pelos visitantes.

Rota dos Casarões
Onde: Sobradinho, na Comunidade do Campestre _ 7 km do Centro
Visitação: aberta para grupos de no mínimo 15 pessoas com agendamento
Valor: R$ 40 por pessoa
Informações: (51) 3742-1098, ramal 247, prefeitura de Sobradinho

http://www.sobradinho-rs.com.br/site/

Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/radioruralam/2011/10/31/vale-do-rio-pardo-conta-com-as-rotas-caminhos-da-serra-geral-e-dos-casaroes/

Capela La Consolata

Casarão Cella

Casarão Lago

Casarão Puntel

Próxima do fim da revitalização, Galeria Chaves vira referência de modernidade em Porto Alegre

Com o ciclo de reformas chegando ao fim, a tradicional Galeria Chaves, no centro de Porto Alegre, está pronta para se tornar também uma referência moderna.

Patrimônio histórico do município, o prédio entre a Rua dos Andradas e a Rua José Montaury inaugurado em 1936 foi revitalizado e ampliado para ganhar novos estabelecimentos a partir de março.

Os trabalhos começaram em 2009, quando as salas de escritórios de seis andares receberam adaptações nos sistemas de esgoto, elétrico e hidráulico, que estavam ultrapassados. Comprometido, o telhado do edifício também foi reformado, assim como a fachada, que agora conta com uma iluminação especial.

Em 2010, a recuperação chegou às lojas do térreo da Rua dos Andradas, incluindo piso, vitrinas e parte elétrica. Ampliada, a sobreloja vai abrigar uma churrascaria. Além disso, foram construídas duas escadas rolantes, e os elevadores, antes com portas manuais, passaram a ser automáticos.

A última etapa teve início no ano passado e envolveu a escavação do térreo da Rua José Montaury, que antes era utilizado como depósito e onde há uma segunda entrada. Quatorze lojas serão inauguradas a partir de março no novo espaço, que também receberá uma central de caixas eletrônicos.

Valmir Oliveira, zelador da galeria, conta que o principal comentário entre os frequentadores é essa nova área, em função da completa alteração do ambiente.

Com um investimento privado de R$ 3 milhões, hoje o local está praticamente pronto. Segundo o responsável pela revitalização, Rogério Wagner, o objetivo do trabalho é atender as exigências de conservação do patrimônio histórico.

— Nossa expectativa é criar um point no centro da Capital, pois o bairro vive uma valorização muito grande. Queremos que a iniciativa se espalhe e outros prédios ao redor também se modernizem, para atrair ainda mais pessoas — afirma.

Fonte Original da Notícia: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2012/01/proxima-do-fim-da-revitalizacao-galeria-chaves-vira-referencia-de-modernidade-na-capital-3641264.html

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Vídeo Publicitário Institucional - Patrimônio Histórico de Pelotas

Vídeo publicitário institucional sobre a preservação do patrimônio histórico de Pelotas, criado para a disciplina de Video Publicitário Institucional do curso de Publicidade e Propaganda da Ucpel.
E também usado para o trabalho de Produto Multimídia postado pelos alunos Leandro Gomes e Lúcio Barreto para a disciplina de Comunicação e Multimidia.
DIREÇÃO E ROTEIRO: Leandro Gomes de Gomes
IMAGENS: LeaNdro Gomes de Gomes
EDIÇÃO: Fabricio Garcia

Preservação do Patrimônio Arquitetônico

Reportagem realizada durante o "Curso de Preservação do Patrimônio Arquitetônico", ocorrido de 14 a 16 de agosto de 2008, em Santo Ângelo, promovido pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE) e entidades missioneiras dedicadas à temática.

Preservação do Patrimônio Histórico de Ponta Grossa - PR

Vídeo fala sobre o COMPAC - Conselho Municipal do Patrimônio Cultural.Mostra o Hotel Planalto Ponta Grossa como bom exemplo de preservação, sem receber qualquer tipo de incentivo do poder público, visto que seu prédio não é tombado.

Restauro de Edifício no México - Arquiteto Ricardo Legorreta

O arquitecto mexicano Ricardo Legorreta é o autor do belíssimo projeto de reutilização de um antigo edifício de tratamento e embalagem de água localizado na cidade dePuebla, no México, denominado La purificadora. O edifício, construído no século XIX e um excelente exemplo da arquitectura colonial espanhola, situa-se no centro histórico da cidade, classificado como Patrimônio Mundial da Unesco desde 1987. Por esse motivo a intervenção foi extremamente cautelosa.
O edifício antigo foi transformado num equipamento cultural e turístico, com biblioteca, hotel, restaurante, salas de congressos, centro de negócios e Spa. Salvaguardando as estritamente necessárias obras de consolidação, as zonas antigas do edifício permaneceram no seu estado inicial. Elementos da demolição e das escavações arqueológicas foram incorporados na obra juntamente com materiais modernos. Um equilíbrio perfeito entre o antigo e o novo.

Fonte Original do texto: http://obviousmag.org/archives/2007/07/la_purificadora.html#ixzz1kIBMs4Qd

Site do Arquiteto: http://legorretalegorreta.com/proyectos/hotel-boutique-la-purificadora/









domingo, 22 de janeiro de 2012

Casa Merlin em Bento Gonçalves - RS - vira patrimônio histórico

A Câmara Municipal de Bento Gonçalves aprovou o tombamento, como patrimônio histórico, da Casa Merlin, localizada no roteiro turístico Caminhos de Pedra, no distrito de São Pedro. A medida é necessária para o encaminhamento do restauro e da revitalização junto à Lei de Incentivo à Cultura (LIC). A proposta de tombamento da edificação já havia sido aprovada por unanimidade no Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural (Compahc), em 29 de setembro de 2011. Desde 2009, o roteiro Caminhos de Pedra tornou-se parte integrante do Patrimônio Histórico e Cultural do Estado do Rio Grande do Sul, pela lei 13.177.

Fonte da Notícia: http://www.jornalsemanario.com.br/publicacao-4896-Casa_Merlin_vira_patrimonio_historico.fire

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos

A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, em Washington, é a instituição cultural mais antiga do país e a biblioteca mais completa do mundo. Criada em 1800 pelo então presidente John Adams, possui actualmente cerca de cento e quarenta milhões de obras em pelo menos quatrocentos e setenta idiomas, muitas das quais verdadeiros tesouros - por exemplo, os diários manuscritos de George Washington ou um exemplar da bíblia de Gutenberg. Com o advento das novas tecnologias, parte do seu património já está a ser digitalizado e, portanto, tornar-se-á acessível a qualquer leitor

Considerada a maior e mais completa biblioteca do mundo, já resistiu a dois incêndios e à consequente perda de milhares de livros. No entanto, a sua colecção – que foi sendo reposta ao longo dos tempos - distribui-se actualmente por mil quilómetros de estantes e está a ser digitalizada com o objectivo de se tornar acessível a todos.

A Biblioteca foi criada a 24 de Abril de 1800 através de um decreto oficial assinado pelo então presidente John Adams. O “Acto do Congresso” transferia, assim, a sede do governo de Filadélfia para Washington. Na nova capital, o governo destinou cinco mil dólares para a compra de livros necessários ao funcionamento do Congresso, e a um espaço que fosse capaz de armazená-los.

Inicialmente a biblioteca fica instalada no Capitólio. Porém, quando as tropas inglesas invadem o território em 1814, um primeiro incêndio destrói não só o edifício como também os três mil exemplares que este continha até à data. Num golpe de sorte, em menos de um ano a sua colecção ganha 6.487 livros: o ex-presidente Thomas Jefferson, com várias dívidas para pagar, vende a sua biblioteca pessoal. Passara mais de cinquenta anos a coleccionar obras sobre os Estados Unidos e referentes a todos os temas científicos.

Em Dezembro de 1851, um segundo incêndio põe fim a trinta e cinco mil livros e raridades como os retratos dos cinco primeiros presidentes norte-americanos pintados por Gilbert Stuart, um retrato original de Cristóvão Colombo e estátuas de George Washington, Thomas Jefferson e Marquês de la Fayette.

Actualmente, a biblioteca é gerida por quatro mil bibliotecários que, para além da organização e preservação do seu património, se dedicam a manter a filosofia iniciada por Thomas Jefferson: o carácter universal do conhecimento só é possível se acreditarmos na importância de todos os temas. Foi nessa base que Rand Spofford, bibliotecário entre 1864 e 1897, a transformou numa instituição nacional, estabelecendo a lei dos direitos autorais pela qual todos os que publicassem teriam de enviar à biblioteca dois exemplares do seu trabalho. Por conseguinte, houve uma entrega massiva de livros, mapas, folhetos, fotografias e músicas e, claro, uma escassez de estantes para os guardar.

Em 1873, o Congresso autoriza então um concurso para novas propostas a fim de alargar a biblioteca. Em 1886, o projecto de Washington John e J. Paul Pelz é posto em prática e constrói-se um impressionante edifício baseado na arquitectura renascentista. O seu interior começa a ser decorado com esculturas e pinturas de vários artistas norte-americanos. A 1 de Novembro de 1897, a Biblioteca do Congresso abre oficialmente as suas portas ao público.

Embora só integrantes do Congresso e membros de órgãos do Estado possam aceder detalhadamente às obras, qualquer leitor pode visitá-la. Para isso basta ter mais de 16 anos e o cartão de identificação de leitor. Nas salas de leitura há mais de quarenta milhões de exemplares para consultar, traduzidos em quatrocentos e setenta idiomas. E nas zonas de colecção, verdadeiros tesouros para apreciar. A biblioteca tem uma cópia da bíblia de Gutenberg, os diários manuscritos de George Washington e os primeiros desenhos sobre a Lua de Galileu.

Esculturas de Papel

Ingrid Siliakus é uma artista holandesa que faz de seu trabalho com escultura de papel uma arte.
Suas especialidades são edifícios e intrincadas esculturas abstratas, inspiradas em grande parte pelos trabalhos do artistas MC Escher ou as obras de Berlage e Gaudi.
A arquitetura de papel é a arte de criar objetos a partir de uma única folha. Porém, antes do projeto acabado são necessários algo como 20 a 30 protótipos, às vezes até mais. Para projetar um padrão do zero, o artista precisa ter as habilidades de um arquiteto realmente, pois os desenhos são criados em em duas dimensões, e depois com muita paciência e precisão cirúrgica, se tornam engenhosa peças de papel em três dimensões. O papel usado por Ingrid varia de 160 a 300 gramas.

Abaixo, algumas imagens do trabalho da artista.

Link do Site de Ingrid Siliakus: http://ingrid-siliakus.exto.org/







terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Abertas as comemorações do Ano Açoriano no RS

As comemorações para marcar os 260 anos da imigração açoriana em Porto Alegre, foram abertas nessa segunda-feira (16). O evento que reuniu o secretário de Estado da Cultura, Assis Brasil, a representante do Consulado de Portugal, Maria João Monteiro e o presidente do Instituto Cultural Português, Antônio Soares, e o prefeito em exercício Mauro Zacher, foi realizado na Pinacoteca Aldo Locatelli, do Paço Municipal.

Durante o evento foi lançada oficialmente a revista 10ª Ilha Açoriana publicada pelo Instituto Cultural Português e o concurso de Cidades Geminadas Porto Alegre – Ribeira Grande (Ilha de São Miguel, Arquipélago dos Açores). A iniciativa vai promover o intercâmbio de conhecimento entre jovens das duas localidades.

O secretário Assis Brasil, que representou o governador Tarso Genro na solenidade, destacou a figura do rei D. João V e traçou o perfil político-social de Portugal à época da vinda dos casais açorianos para iniciar o povoamento do Rio Grande do Sul. “Por todo esse passado, esta comemoração é mais do que justificada. Diversas instituições públicas e privadas estão emprenhadas nestas comemorações, havemos de fazê-las bonitas, alegres, provocativas, para honrar tudo isso que nós recebemos dos Açores, e mostrar que o Rio Grande do Sul tem, sim, uma marca muito forte dos Açores e tem o maior o maior monumento dedicado aos açorianos em todo o mundo, criação de Carlos Tenius que lembra uma nau humana”.

Zacher saudou a comunidade lusitana falando da importância cultural do país para a Capital gaúcha. “É com alegria que tenho a oportunidade de participar deste momento significativo que registra uma parte da nossa história da qual temos muito orgulho”, afirmou o prefeito em exercício.

O Concurso

Em 2012 será realizado o concurso cultural, envolvendo seis escolas municipais das cidades irmanadas, sendo três escolas municipais de Porto Alegre (Neuza Brizola, Mário Quintana e Loureiro da Silva) e outras três da Região dos Açores, das quais uma de Ribeira Grande, uma da freguesia de Rabo de Peixe e outra da freguesia de Maia. As áreas abordadas no concurso são: história, geografia, artes visuais, literatura, música, dança, teatro e ciências. As crianças de Porto Alegre farão trabalhos sobre os Açores e vice-versa, com o intuito de ampliar o conhecimento e estreitar os laços históricos que unem as duas cidades.

História

Fundada em 1507, Ribeira Grande é a sede de uma localidade com cerca de 30,8 mil habitantes, na Ilha de São Miguel, pertencente à Região Autônoma dos Açores, em Portugal. Ribeira Grande foi elevada à categoria de cidade em junho de 1981, dividindo-se em 14 freguesias. A cidade tornou-se o centro econômico mais importante do norte da ilha, recebendo empreendimentos agrícolas, comerciais e industriais. O Decreto 7987, de 22/06/1982, oficializou as duas cidades (Porto Alegre – Ribeira Grande) como irmãs.

Fonte Original da Notícia: http://www.cultura.rs.gov.br/v2/2012/01/abertas-as-comemoracoes-do-ano-acoriano-no-rs/

Museu Estadual do Carvão inaugura Telecentro e primeira fase de restauração

A Secretaria de Estado da Cultura realiza o lançamento do projeto de Revitalização do Museu do Carvão na próxima terça-feira (17), às 10h, na sede do Museu, no município de Arroio dos Ratos. Será entrega a primeira fase da obra, viabilizada pelo termo de compromisso assinado em parceria com a empresa mineradora Copelmi, com o apoio do IPHAN e IPHAE, em setembro de 2011.

A Casa Branca, primeiro edifício restaurado, contará com o Arquivo Histórico da Mineração, Telecentro e Praça Digital. O Arquivo Histórico da Mineração possui toda a documentação doada ao Museu pela Copelmi (através do projeto Uma luz no fim do túnel) e o acervo documental do próprio museu, constituindo este que será o maior acervo da História da Mineração do país.

Em parceria com a CRM e a Procergs, o Museu também terá acesso público à internet com a implantação de um Telecentro com seis terminais. A CRM viabilizou a reforma do espaço físico, o mobiliário e disponibilizou dois estagiários. Além dos equipamentos, a Procergs instalou a Praça Digital, possibilitando o acesso sem fio na área externa do Museu.

Fonte Original da Notícia: http://www.cultura.rs.gov.br/v2/2012/01/museu-estadual-do-carvao-inaugura-telecentro-e-primeira-fase-de-restauracao/

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Plano de Restauro em Rio Grande - RS

O prédio que abrigava o Cassino dos Mestres, um dos imóveis do complexo da Rheingantz, que forma o único sítio urbano da época do início da industrialização no Estado, já tem projeto de recuperação. O arquiteto Willian Pavão Xavier o entregou ao Executivo municipal e, na semana passada, o prefeito Fábio Branco esteve no Rio de Janeiro e deixou uma cópia no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), junto com a confirmação do pedido de recursos para execução das obras.

Conforme Xavier, a proposta é restaurar toda a volumetria, preservando o desenho original do imóvel, e recuperar o restante. Orçado em R$ 2,8 milhões, o projeto prevê a reconstrução da cobertura e sua estrutura, mais a retirada das esquadrias originais, recuperação e reinstalação das que são passíveis de restauro, e aplicação de novas unidades. Haverá também a construção de novo piso e entrepiso nos moldes do original, com acabamento em madeira, instalações de infraestrutura, acessibilidade universal e novos sanitários. Está planejada ainda, a recuperação das fachadas.

O secretário de Coordenação e Planejamento, Paulo Renato Cuchiara, afirma que a possibilidade de apoio do BNDES é grande, uma vez que o município está fazendo uma parceria muito boa com a instituição. Segundo ele, será aplicada em Rio Grande a Agenda de Desenvolvimento Territorial, uma política de entorno do banco. "Há um grande investimento do governo federal, com parcelas do BNDES, em um programa de apoio às cidades que sofram impacto das obras estruturantes, como do setor de óleo e gás, e hidrelétricas." Cuchiara diz acreditar que representantes do banco irão a Rio Grande neste mês para assinar um termo de compromisso com o município.

Localizado na esquina da avenida Rheingantz com a rua 2 de Novembro, o prédio está bastante deteriorado. Em agosto de 2009, foi repassado à prefeitura, pela Justiça Federal, para que fosse restaurado e transformado em espaço cultural ou educacional em benefício da comunidade.

Fonte Original da Notícia: http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=117&Numero=99&Caderno=0&Noticia=378896

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Sebastian Vauban - o Arquiteto do Rei Louis XIV

Na sala de espelhos, em Versalhes, é possível visualizar modelos de monumentos de arquitetura, reflectidos na colectânea Plans en relief. Estes são preservados nos Musées des Plans et Reliefs, em Paris. O plano de Neuf-Brisach, região da Alsácia e as fortificações de La citadelle du Château-d’Oléron cicatrizam um único nome – Sébastien Le Prestre de Vauban, o arquiteto do Rei.

Na segunda metade do século XVII, a guerra em França girou em torno de cercas e não de batalhas. A Guerra da Devolução (1667-68), que envolvia a Espanha e França foi uma das provas à resistência das barreiras de Sébastien.

Sébastien Vauban foi soldado, engenheiro militar de fortificações, artista bélico e arquitecto do rei. A sua função? Desenhar e conceber métodos de fortificação e consolidar barreiras francesas. Havia que tornar França defensável, cercar as terras em redor, evitar riscos de incêndio e a penetração do inimigo, criar obstáculos ao atacante e melhorar o design da arquitetura militar quer ao nível das técnicas utilizadas para o seu ataque quer ao nível da proteção dos recursos e avanços inimigos.

Vauban não só efetuou apenas o design das fortalezas individuais, como também, vestiu-as a pré-carré, ou seja, reforçou as fortalezas com uma linha dupla na fronteira vulnerável do nordeste de França. O método da fortificação tinha por objetivo queimar pólvora e derramar menos sangue [“burn gunpowder and spill less blood”].

Vinte das cinquenta e três cercas de Vauban foram aproveitadas pelo rei, formando círculos de glória. O aqueduto que fornece a água em Versalhes e que liga o Mediterrâneo ao Atlântico também faz parte da sua obra que concebeu, em 1684, o canal du Midi (Canal dês Mers).

Nomeado Comissário das Fortificações (1678), Vauban tem aperfeiçoado, desde então, técnicas defensivas e obtido conhecimentos importantes sobre a interação com as estruturas arquitectónicas e a eficácia das cercas aos inimigos. França enchia-se de cortinas que a fortaleciam contra o inimigo.

Os cercos de Vauban resumiam-se a: sistemas de paralelos numa frente ampla, caminho aberto para o coração da cidade com a desintegração da parede principal e fortificações que ricocheteavam o fogo para varrer as muralhas inimigas. Este era calculista e previa o tempo exato da elaboração de cada cerco, previamente à operação: cálculo da “marcha do cerco” de modo a que as tropas atacantes estivessem menos expostas ao fogo inimigo e se procedesse a inovações na defesa e ataque à fortaleza, arquitectando locais de refúgio.

Vauban conclui sobre a viabilidade do seu projeto, proferindo a Louis XIV que seria mais fácil dominar a lua com os seus dentes do que tentar aquele lugar, como façanha. “Sire, il serait plus facile de saisir la lune avec les dents que de tenter en cet endroit pareille besogne”.

Em 1707, o último suspiro de Sébastien revela projetos por publicar, estudos topográficos e novos pensamentos sobre as fortificações. Os seus textos foram colecionados em “Les Oisivétés”/ “Idle thoughts”.

O ataque nas fortificações tem sido considerado um dos elementos de arte bélica, cujo desafio se prende com a conquista e conservação de território. O autor alemão H. Behr refere que as batalhas de campo são dificilmente um tema de conversa. Na verdade, toda a arte bélica parece regressar a ataques com astúcia e de fortificações com arte.


Projeto da fortaleza de Neuf - Brisach


Fortaleza de Neuf - Brisach