terça-feira, 12 de junho de 2012

Palácios Marcantes na Arquitetura Mundial - Parte I

Os palácios, local habitualmente destinado a sede do poder de um estado, refletem tradições e estilos de vida de épocas distintas, simbolizam reinados e guerras travadas. São vários os palácios mundo afora que se destacam, mas elenquei doze deles para mostrar aqui em duas postagens, seguindo a ordem do Site Obvious, onde encontrei a pesquisa.

Rússia, Índia, França, Turquia - em todo o mundo, e sobretudo onde cresceram civilizações poderosas e com sociedades complexas, os palácios instalaram-se como símbolo na paisagem.
 
Palácio de Inverno – São Petersburgo – Rússia

Localizado na cidade de São Petersburgo, entre o Cais do Palácio e a Praça do Palácio. Foi construído entre 1754 e 1762 para servir de residência de Inverno aos czares russos e suas famílias. Em 1764 foi iniciada a construção do Salão Pequeno do Hermitage, que duraria até 1775.
Desenhado por Bartolomeo Rastrelli, o palácio verde-e-branco em estilo rococó possui 1.786 portas e 1.945 janelas. Catarina, a Grande, foi a primeira czarina a ocupá-lo.
O palácio faz parte, atualmente, de um complexo de edifícios conhecido como Museu Estatal do Hermitage, o qual acolhe uma das maiores coleções de arte no mundo. Como parte do museu, muitas das 1.057 galerias e salas do Palácio de Inverno estão abertas ao público. A Galeria Militar, aberta em 1826, acomoda 332 retratos de líderes militares do exército russo durante a Campanha da Rússia (1812).















Palácio Potala – Lhasa –Tibete

O Palácio Potala é, desde o século VII, o palácio oficial de Inverno do Dalai Lama e, consequentemente, um dos maiores símbolos do budismo tibetano. Situado no centro do vale de Lhasa, sob a Montanha Vermelha e a uma altitude de 3.700m, é aí que o líder desempenha o seu papel tradicional na administração do Tibete. No complexo em que está inserido encontram-se também os palácios Branco e Vermelho, com os seus respectivos edifícios anexos.
O Lugar foi usado para refúgio de meditação pelo Rei Songtsen Gampo, que construiu, em 637, o primeiro palácio como saudação à sua noiva, a Princesa Wen Cheng da Dinastia Tang da China. A construção do atual palácio começou em 1645, durante o reinado do quinto Dalai Lama, Lozang Gyatso. Em 1648, o "Potrang Karpo" (Palácio Branco) foi concluído, e o Palácio de Potala passou a ser usado como palácio de Inverno pelo Dalai Lama a partir dessa época. O "Potrang Marpo" (Palácio Encarnado) foi acrescentado entre 1690 e 1694.

Palácio de Versailles – Versailles - França
 
O Palácio de Versailles foi mandando construir por Luís XIII, em 1624, como local dedicado à caça. No entanto, o seu sucessor, Luís XIV, manda remodelá-lo e aumentá-lo em inícios de 1669, para não só passar aí a residir, mas também usá-lo como esconderijo nos seus furtivos encontros amorosos.
Em 1660, de acordo com os poderes reais dos conselheiros que governaram a França durante a menoridade de Luís XIV, foi procurado um local próximo de Paris mas suficientemente afastado dos tumultos e doenças da cidade apinhada. Paris crescera nas desordens da guerra civil entre as facções rivais de aristocratas, chamada de Fronde. O monarca queria um local onde pudesse organizar e controlar completamente um Governo da França por um governante absoluto. Resolveu assentar no pavilhão de caça de Versalhes, e ao longo das décadas seguintes expandiu-o até torná-lo no maior palácio do mundo. Versalhes é famoso não só pelo edifício, mas como símbolo da Monarquia absoluta, a qual Luís XIV sustentou.

Considerado um dos maiores do mundo, o Palácio de Versalhes possui 2.153 janelas, 67 escadas, 352 chaminés, 700 quartos, 1.250 lareiras e 700 hectares de parque. É um dos pontos turísticos mais visitados de França recebe em média oito milhões de turistas por ano e fica a três quarteirões da estação ferroviária. Construído pelo rei Luís XIV, o "Rei Sol", a partir de 1664 foi por mais de um século modelo de residência real na Europa, e por muitas vezes foi copiado e a sua beleza inspirou outras construções como o Palácio de Herrenchiemsee, na Alemanha, e o Palácio Schönbrunn, na Áustria.
Incumbido da tarefa de transformar o que era o pavilhão de caça de Luís XIII, no mais opulento palácio da Europa, o arquiteto Louis Le Vau reuniu centenas de trabalhadores e começou a construir um novo edifício ao lado do já existente. Foram assim realizadas sucessivas ampliações - apartamentos reais, cozinhas e estábulos - que formaram o Pátio Real.
Le Vau, não conclui as obras. Após sua morte Jules Hardouin-Mansart tornou-se, em 1678, o arquiteto responsável por dar continuidade ao projeto de expansão do palácio. Foi quem construiu o Laranjal, o Grande Trianon, as alas Norte e Sul do Palácio, a Capela e a Galeria de Espelhos (onde foi ratificado, em 1919, o Tratado de Versalhes). A última trata-se de uma sala com 73m de comprimento, 12,30m de altura e iluminada por dezessete janelas que têm a sua frente, espelhos que refletem a vista dos jardins.


















Palácio Jag Niwas – Udaipur – Índia

O Palácio Jag Niwas fica numa ilha privada no meio do lago Pichoa em Udaipur, Rajastão. Assenta sobre uma base natural de um rochedo de 4 acres (16.000 m²). Foi mandado construir no século XVIII pelo maharana Jagat Singh como palácio de verão e acolhe atualmente um hotel de luxo de renome mundial: o Taj Lake Palace. O edifício possui 83 quartos com paredes de mármore branco e um transporte exclusivo de barco para os hóspedes desde o cais. Além disso, todos os “mordomos reais” que trabalham no hotel são descendentes dos servos do antigo Palácio.
A sala superior do palácio é um círculo perfeito, possuindo cerca de 6,1 metros (21 pés) de diâmetro. O seu pavimento apresenta incrustações de mármores brancos e pretos, as paredes estão ornamentadas com nichos e decoradas com arabescos em pedras de diferentes cores no mesmo estilo do Taj em Agra, embora os padrões sejam hindi, e a forma da cúpula é refinadamente bela. Uma sala construída com 12 enormes blocos de mármore, o trono de Shah Jahan esculpido a partir dum único bloco de serpentina e a pequena mesquita dedicada a Kapuria Baba, um santo muhammediano, são outros motivos de interesse na ilha.


















Palatul Parlamentului – Palácio do Parlamento – Bucareste – Romênia

Localizado na capital romena, o Palácio do Parlamento – com os seus 350.000 m² - é considerado o maior palácio do mundo. Foi mandado construir durante os anos 70 do século XX pelo chefe do regime comunista vigente na época, Nicolae Ceauşescu, e é no seu edifício que estão instaladas as câmaras dos deputados do Parlamento. O palácio tem 1.100 salas, 12 andares e 6 pisos subterrâneos. Para além disso, o seu estilo neoclássico combina a mistura de vários materiais de origem romena como o mármore da Transilvânia, cristais, bronze, madeira, veludo e bordados.
O palácio mede 270 metros de comprimento por 240 de largura, 86 de altura e 92 abaixo do solo. Possui 1.100 salas, duas garagens subterrâneas e 12 pisos de altura, com mais quatro pisos subterrâneos adicionais atualmente disponíveis e em uso, além de outros quatro em diferentes estados de conclusão.
A estrutura combina elementos e motivos com origem em múltiplas fontes, num estilo arquitetônico neoclássico. O edifício foi construído inteiramente com materiais de origem romena. Estimativas dos materiais utilizados incluem um milhão de metros cúbicos de mármore da Transilvânia, principalmente Ruschita; 3.500 toneladas de cristal — foram manufaturados 480 candeeiros, 1.409 luzes de teto e espelhos; 700.000 toneladas de aço e bronze para portas e janelas monumentais, candeeiros e capitéis; 900.000 m³ de madeira (mais de 95% doméstica) para parquet e apainelamentos, incluindo madeira de juglans, carvalho, cerejeira, ulmeiro e sicómoro; 200.000 m² de tapetes de lã de várias dimensões (tiveram que ser instaladas máquinas dentro do edifício para tecer alguns dos tapetes maiores); cortinas de veludo e brocado adornadas com bordados e passamanarias em prata e ouro.
















Palácio de Verão – Pequim – China

O Palácio de Verão de Pequim é o maior e mais bem preservado jardim da era imperial na China. Rodeado pela Colina da Longevidade e pelo Lago Kunming, era usado como residência de verão pelos governantes imperiais quando saiam do palácio oficial, a “Cidade Proibida”, para descansar no campo. O “Yiheynuan”, nome original chinês que significa literalmente “Jardim da harmonia cultivada”, tem 70.000 metros quadrados preenchidos com outros palácios e construções arquitetônicas de estilo clássico e, claro, muitos jardins.
Conhecidos pela sua extensa coleção de jardins, pela arquitetura dos seus edifícios e por outras obras de arte, os Jardins Imperiais foram inteiramente destruídos pelas tropas britânicas e francesas em 1860. Atualmente, a destruição dos Jardins do Perfeito Brilho ainda é vista, na China, como uma agressão estrangeira e uma humilhação.
A construção inicial teve início em 1707, durante o reinado do Imperador Kangxi, e tinha uma escala muito menor. Foi pensado como um presente para o seu quarto filho, mais tarde Imperador Yongzheng. Em 1725, já durante o reinado do Imperador Yongzheng, os Jardins Imperiais foram fortemente expandidos. Yongzheng introduziu os trabalhos de água dos jardins, os quais criaram alguns dos lagos, riachos e tanques que complementaram, em grande medida, as colinas ondulantes e os campos. Yongzheng também deu nome a 28 lugares cénicos dentro do jardim.
Na época do reinado do Imperador Qianlong, a segunda expansão foi bem encaminhada. Qianlong, pessoalmente, teve interesse e dirigiu os trabalhos de ampliação. Este imperador também fez aumentar, para 40, o número de lugares cenográficos nos jardins.
Em meados do século XIX, os Jardins Imperiais tinham sofrido expansões, de uma forma ou de outra, por mais de 150 anos.


  














Crédito das Imagens: Site Obvious

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